segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Olhos

Olhos, fecho-os e vejo mais
Claro, menos distraído
Detalhes que perco se vejo
De olhos abertos, penso
Em meu defeito, meu jeito
Estranho de ver, de olhar
O mundo e tudo, o outro
Outros tantos diversos
Estranhos, distantes sempre
De mim, adversos, contrários
A mim sempre, ameaças

Olhos, fecho-os e vejo mais
Sem preconceito, vejo
Claro, sem manchas, claro
Como ao sol, sem sombras
Reflexos nem distorções
Fecho os olhos, abro-os
De outro jeito, estranho
Ao corriqueiro, exercício
Estranho, obrigatório,
Dor que me obrigo a sentir
Para ter um pouco de paz

Olhos, fecho-os e vejo mais
Que veria de olhos abertos
Tenho paz, liberdade fácil
Veramente clara, permanente,
Minha paz, serenidade,
Nisto aprendo a mansidão
Aquela do Cordeiro, de Cristo
De Deus, que fez silêncio
Fechou os olhos e quis
Assim vencer as sombras
Sobras de nossa altivez

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