sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Escrevo

Escrevo, não para dizer que sinto
Ou descrever o que tenho naquela mesma
Hora em meu pensamento ou em meus
Sentimentos vários imprevisíveis
Que não posso conter no momento
Em que nascem nem posso entender
Enquanto os vejo crescer e espero
Que passem por mim ou que eu passe
Por eles e paro, olho pra trás e vejo
Tento sentir o que senti no que passou
Como se visse um retrato do que ficou
No passado mas não me esqueci e que
Olhando de longe mais vejo de perto
Os detalhes que de perto deixara
Escapar de meus olhos e pensamentos

Escrevo, não para dizer o que sinto
Escrevo para dizer o que senti ou
Talvez o que teria sentido se hoje
Eu pudesse tocar o que toco ao lembrar
A mim mesmo de meus passados sentimentos
Que sinto de novo, novos presentes
Presente que a vida me faz e a letra
Me trás qual presente que o tempo
Deixara esquecido em si mesmo e vejo
Cada vez que os vejo eu mesmo inteiro
Passado e presente presentes no tempo
E vislumbro um começo, futuro incerto
E certamente inteiro como vejo passado
Tanto tempo de ora eu escrevo e sinto
Novo tudo de novo do que ainda sentirei

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